Diferenças entre as pílulas e os implantes hormonais

Diferenças entre as pílulas e os implantes hormonais



A ingestão diária de uma pílula anticoncepcional para evitar a gravidez não é livre de riscos. Isso porque a maioria das mulheres acaba se esquecendo de tomar o medicamento no horário correto, o que interfere significativamente em seu efeito contraceptivo.

Neste caso, o implante hormonal subcutâneo pode ser uma solução mais efetiva e menos arriscada para prevenir uma gravidez indesejada. Trata-se de um microtubo que libera quantidades específicas de hormônios como estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico, conforme as necessidades individuais da paciente.

O método pode ser utilizado por tempo indeterminado, sendo indicado para mulheres de qualquer idade, incluindo adolescentes. Enquanto a pílula tem probabilidade de 4% de falha, o implante hormonal não chega a 1%.

Conheça as diferenças entre as pílulas e os implantes hormonais

  • Permite pausas para menstruação;
  • Se houver esquecimento de alguma dose diária, o efeito será comprometido, o que aumenta os riscos de gravidez;
  • Pode proporcionar a melhora na oleosidade da pele, além da redução da TPM e cólicas;
  • Algumas mulheres podem ter náuseas, microvarizes, dores de cabeça e inchaço, sendo necessário readaptar a dosagem e o hormônio prescrito;
  • Provoca alterações indesejadas no painel hormonal: ao bloquear os ovários, reduz testosterona e aumenta a SHBG, globulina ligador de hormônios. Isso leva a uma dificuldade de perder peso, surgimento de celulites, redução da libido e dificuldade de ganhar massa muscular. É o caso daquelas pacientes que dizem que estão malhando, fazendo dieta e não conseguem perder peso.
  • Suspende a menstruação, eliminando de vez os incômodos da TPM e cólicas;
  • Por ser inserido abaixo da pele, não existe o risco de esquecimento das doses e perda da eficácia, sendo mais seguro do que as pilulas;
  • A combinação de hormônios pode ser individualizada para garantir benefícios como redução da celulite e aumento da massa muscular;
  • Como qualquer outro contraceptivo, o implante hormonal tem efeitos colaterais. Por isso, é necessário avaliar as particularidades bioquímicas da paciente para indicar a formulação mais adequada ao seu organismo.

Os implantes hormonais possuem hoje uma demanda crescente por sua comodidade, segurança e eficácia. São usados no Brasil há mais de 20 anos. São tubinhos flexíveis de silicone, de 3 a 4 cm de comprimento e 1 mm de diâmetro, contendo hormônios em seu interior. Estes são liberados diretamente na corrente sanguínea, em pequenas quantidades. São inseridos debaixo da pele, na região glútea, sob anestesia local. A duração é de 6 meses a 1 ano.

Os implantes mais comumente usados são os de gestrinona, estradiol, testosterona e elcometrina. Entre eles, merece destaque a gestrinona, conhecido popularmente como chip da beleza. Trata-se de um anticoncepcional com efeitos secundários desejáveis, como ganho de massa muscular, redução de celulite e aumento da libido.

Cada substância possui indicações especificas e dependem de avaliação médica.

Indicações:

  • Reposição hormonal em mulheres na menopausa, com reversão de todos os sintomas associados, como fogachos (ondas de calor), insônia, irritabilidade, dores articulares, redução da libido, ressecamento da pele e cabelo, redução da lubrificação vaginal, redução da memória, aumento de gordura corporal (sobretudo na região abdominal), depressão, perda de massa muscular e óssea;
  • Reposição hormonal em homens na andropausa ou hipogonadismo, com todos os seus sintomas associados, como redução de massa muscular e da força física, aumento de gordura corporal (sobretudo abdominal), perda óssea, alguns casos de disfunção erétil, depressão, irritabilidade, redução de desejo sexual;
  • Contracepção: trata-se de método extremamente seguro, com eficácia semelhante aos métodos de ligadura e vasectomia;
  • Ovários policísticos;
  • Tratamento e prevenção de puberdade precoce (antes dos 10 anos);
  • Endometriose;
  • Cólicas Menstruais;
  • TPM (Tensão Pré-Menstrual);
  • Sangramento vaginal aumentado associado a miomatose e adenomiose;
  • Redução da libido.